04/03/2013 12h13
- Atualizado em
04/03/2013 12h18
Animais de estimação em Teresina contam cemitério público exclusivo
O cemitério tem área de mil metros quadrados e quase duzentos jazigos.
Diretor diz que serviço oferecido é sem fins lucrativos e exclusivo do estado.
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Inaugurado em 2009, o cemitério Cadelinha Sasha fica localizado na Universidade Federal do Piauí (UFPI), no campus Petrônio Portela, Zona Leste da capital. Com uma área de mil metros quadrados e quase duzentos jazigos, o local é o único público no país, segundo o diretor do Hospital Veterinário Universitário (HVU), João Macedo.
“Os donos que quiserem enterrar seus bichos de estimação pagam apenas uma taxa no valor de R$ 60 para cobrir os custos com o jazigo e o sepultamento, ao contrário de outros cemitérios que existem no Brasil”, esclarece.

João Macedo. (Foto: Yara Pinho/G1)
A despedida dos animais é semelhante ao de um ser humano, com orações, velório e túmulos. De acordo com o responsável pela manutenção do cemitério, Reginaldo Sousa, a comoção é maior no Dia de Finados. “Muitos túmulos costumam receber visitas frequentemente, mas é no Dia de Finados que a movimentação surpreende. É tanta gente que o pessoal não consegue nem estacionar os carros na frente porque não tem espaço”, afirma Reginaldo.
José Lima Júnior enterrou o seu gato de estimação no Cadelinha Sasha. Em entrevista ao G1 Piauí, ele contou que essa foi a única forma de amenizar a dor pela perda de um ser que considerava como parte da família. “O meu gato Pascal está enterrado há mais de dois anos, quando morreu envenenado. Optamos por enterrá-lo pelo apego e amor. Não íamos jogar no lixo porque o considerávamos da família”, disse.

De acordo com João Macedo, alguns estudos apontam que a decomposição de animais tem poder de contaminação do solo próximo ao de seres humanos. “O cemitério de animais daqui é um serviço acessível para a população. Com ele resolvemos dois problemas: os das famílias que perdem os seus queridos bichinhos e os descartes nos lixões, que acabam contaminando o solo”, conta.
Ainda conforme o diretor do HVU, para amenizar a superlotação, já existe um projeto para ampliação do local e a instalação de um crematório. “A ideia do crematório seria uma aquisição muito importante para o nosso hospital veterinário, um grande avanço. Se o reitor concordar, vou tentar realizá-la ainda este ano”, declarou o gestor.
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