FICHA
TÉCNICA
Setor da Economia: Secundário
Ramo de Atividade: Indústria de Tijolo solo - Cimento
Tipo de Negócio: Fabricação de tijolos solo - Cimento
Produtos produzidos: Tijolos solo – cimento para Alvenaria
HISTÓRICO. A necessidade do homem proteger espaços em busca de abrigo, remonta à pré-história. Utilizando recursos naturais precisava defender-se dos predadores, dos rigores da natureza e de seus próprios semelhantes. Não demorou a perceber que sua sobrevivência dependia da segurança destes refúgios. Fechar espaços, eis a questão! A arte de construir evoluiu por milhões e milhões de anos.
A utilização dos ligantes na construção se fez necessária pela necessidade em consolidar peças menores, muito mais fáceis de serem encontradas e manuseadas.
A mescla de cal com pozolana dos romanos deu lugar ao cimento que J. Smeaton fez na Inglaterra em 1750. A este primitivo aglomerante hidráulico - que secava com água - juntaram-se os agregados areia e pedra. Com a utilização cada vez maior desta mistura, era preciso definir suas propriedades. Em 1818 Vicat estabelecia na França as primeiras propriedades do concreto simples, quais sejam, cura, pega e resistência a compressão.
O SOLO NATURAL. O solo natural é produto dos agentes geológicos cuja primeira origem são as rochas que formam a crosta terrestre, as quais se decompõem produzindo o material chamado solo. Dependendo do elemento formador da rocha temos o tipo de solo resultante.
Quando dizemos que um solo é, por exemplo, argiloso, não significa que todos os seus grãos sejam de argila, e, sim, que existe uma predominância desses grãos.
SELEÇÃO DO SOLO. Por se tratar do material de maior proporção na mistura, o solo deve ser selecionado segundo certos critérios, tais como:
- Não apresentar material orgânico na sua composição;
- Escolher solo que necessite do menor teor de cimento, para estabilizá-lo, geralmente, o solo arenoso precisa de menos cimento para estabilizaar-se, no entanto, é necessária a presença de elementos finos (argila e silte), para facilitar a retirada dos tijolos da prensa e posterior estoque;
- Em termos de laboratório, de uma maneira geral, considera-se um solo adequado, quando possui as seguintes características: % passando na peneira ABNT 4,8 mm (nº 4) 100%; % passando na peneira ABNT 0,076 mm (nº 200) 10 a 50%; limite de liquidez < 45%; índice de plasticidade < 18%.
Caso um solo não atenda a estas especificações, pode-se misturá-lo com outro(s), de maneira a obter-se um solo viável.
OS INSUMOS. Quanto aos insumos:
- Cimento. Os cimentos que poderão ser usados deverão atender as seguintes especificações:
* Cimento Portland Comum - CPC;
* Cimento Portland de Alto Forno - AF;
* Cimento Portland Pozolânico - POZ ;
* Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – ARI.
– Água. Deverá ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento.
INVESTIMENTO E MÃO DE OBRA. O investimentos e mão de obra irão variar de acordo com a estrutura do empreendimento.
EQUIPAMENTOS. Os equipamentos básicos são os equipamentos de produção (prensas manuais) e os da administração (móveis de escritório, computadores, telefones, etc..)
PROCESSO DE FABRICAÇÃO. Para a fabricação de tijolos de solo-cimento devemos levar em consideração a caracterização do solo, do cimento e da água, e, posteriormente, a mistura solo-cimento, ressaltando-se a dosagem e a umidade.
Procede-se da seguinte forma: preparado o traço, vira-se a mistura a seco até obter coloração uniforme; adiciona-se água até obter a umidade adequada; coloca-se a mistura nas matrizes e prensa-se; retiram-se cuidadosamente os tijolos, colocando-se empilhados até uma altura de 1,5 m, sobre uma superfície plana, à sombra; após 6 horas da fabricação e durante os sete próximos dias, molhar os tijolos através de regadores, para garantir a cura adequada.
Para garantia da energia de compactação é necessário fazer o curso completo da alavanca até que a mesma fique paralela ao chão. Isto não ocorrerá quando houver mistura em excesso na matriz ou a umidade estiver baixa. Neste caso destrua o tijolo e devolva-o ao restante da mistura.
As prensas devem estar sempre reguladas, limpas e lubrificadas, para garantir a qualidade do tijolo e a uniformização de suas dimensões.
OBS. A dosagem de solo-cimento em laboratório só se justifica quando o volume da obra for grande, caso contrário, deve-se partir de um traço econômico e verificar as condições do tijolo com relação à resistência e absorção de água.
NOTÍCIA. Casca de arroz é transformada em cimento
A casca de arroz, rejeito que até pouco tempo era um entulho para as indústrias processadoras do grão, acaba de ganhar um fim mais nobre, mesmo depois de sua aplicação na produção de energia por meio das usinas termelétricas. A sílica, resíduo que sobra da queima da casca nas caldeiras das usinas e mineral com grande teor de carbono, passa a compor um novo tipo de cimento desenvolvido por pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos.
Mesmo com aplicações possíveis em outras áreas, como farmacologia, agricultura, polímeros e tintas, os pesquisadores decidiram usar a matéria-prima na construção civil e incorporaram a sílica à composição do cimento portland, que é a mistura do clinquer com o sulfato de cálcio. Segundo o pesquisador do Laboratório, Isac José da Silva, a sílica substitui até 15% do clinquer. O clinquer, a base do cimento, é a mistura da pedra calcária com a argila queimada à temperatura máxima de 1.400º C.
O resultado foi o surgimento de concretos de alto desempenho. ´Estudamos a adição da sílica pura e de excelente qualidade no cimento e notamos que não precisava ser tão nobre. Partimos para a cinza do produto parcialmente queimado, mais fácil de se obter, com custo mais baixo e ótima propriedade para essa aplicação´, afirma o professor do Laboratório de Materiais Avançados à Base de Cimento do Departamento de Estruturas da Escola de Engenharia, Jefferson Libório.
O novo cimento permite elaborar concretos mais compactos e com poucos vazios interconectados porque é extremamente fino e reage com uma parte frágil derivada da hidratação do produto. De acordo com o pesquisador, as partículas do cimento comum permitem que o produto espalhado uniformemente cubra uma superfície de 400 metros quadrados. O novo material permite que a mesma quantidade do produto cubra uma área de 300 mil metros quadrados.
A resistência mecânica é outra vantagem apontada pelos resultados dos testes com o novo cimento. Segundo Libório, em edifícios residenciais a resistência é da ordem de 200 a 250 quilos por centímetro quadrado. O novo produto, com matérias de construção convencionais a resistência pode atingir 600 quilos por centímetro quadrado.
Fonte: Gazeta Mercantil, 06/11/2001
Setor da Economia: Secundário
Ramo de Atividade: Indústria de Tijolo solo - Cimento
Tipo de Negócio: Fabricação de tijolos solo - Cimento
Produtos produzidos: Tijolos solo – cimento para Alvenaria
HISTÓRICO. A necessidade do homem proteger espaços em busca de abrigo, remonta à pré-história. Utilizando recursos naturais precisava defender-se dos predadores, dos rigores da natureza e de seus próprios semelhantes. Não demorou a perceber que sua sobrevivência dependia da segurança destes refúgios. Fechar espaços, eis a questão! A arte de construir evoluiu por milhões e milhões de anos.
A utilização dos ligantes na construção se fez necessária pela necessidade em consolidar peças menores, muito mais fáceis de serem encontradas e manuseadas.
A mescla de cal com pozolana dos romanos deu lugar ao cimento que J. Smeaton fez na Inglaterra em 1750. A este primitivo aglomerante hidráulico - que secava com água - juntaram-se os agregados areia e pedra. Com a utilização cada vez maior desta mistura, era preciso definir suas propriedades. Em 1818 Vicat estabelecia na França as primeiras propriedades do concreto simples, quais sejam, cura, pega e resistência a compressão.
O SOLO NATURAL. O solo natural é produto dos agentes geológicos cuja primeira origem são as rochas que formam a crosta terrestre, as quais se decompõem produzindo o material chamado solo. Dependendo do elemento formador da rocha temos o tipo de solo resultante.
Quando dizemos que um solo é, por exemplo, argiloso, não significa que todos os seus grãos sejam de argila, e, sim, que existe uma predominância desses grãos.
SELEÇÃO DO SOLO. Por se tratar do material de maior proporção na mistura, o solo deve ser selecionado segundo certos critérios, tais como:
- Não apresentar material orgânico na sua composição;
- Escolher solo que necessite do menor teor de cimento, para estabilizá-lo, geralmente, o solo arenoso precisa de menos cimento para estabilizaar-se, no entanto, é necessária a presença de elementos finos (argila e silte), para facilitar a retirada dos tijolos da prensa e posterior estoque;
- Em termos de laboratório, de uma maneira geral, considera-se um solo adequado, quando possui as seguintes características: % passando na peneira ABNT 4,8 mm (nº 4) 100%; % passando na peneira ABNT 0,076 mm (nº 200) 10 a 50%; limite de liquidez < 45%; índice de plasticidade < 18%.
Caso um solo não atenda a estas especificações, pode-se misturá-lo com outro(s), de maneira a obter-se um solo viável.
OS INSUMOS. Quanto aos insumos:
- Cimento. Os cimentos que poderão ser usados deverão atender as seguintes especificações:
* Cimento Portland Comum - CPC;
* Cimento Portland de Alto Forno - AF;
* Cimento Portland Pozolânico - POZ ;
* Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – ARI.
– Água. Deverá ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento.
INVESTIMENTO E MÃO DE OBRA. O investimentos e mão de obra irão variar de acordo com a estrutura do empreendimento.
EQUIPAMENTOS. Os equipamentos básicos são os equipamentos de produção (prensas manuais) e os da administração (móveis de escritório, computadores, telefones, etc..)
PROCESSO DE FABRICAÇÃO. Para a fabricação de tijolos de solo-cimento devemos levar em consideração a caracterização do solo, do cimento e da água, e, posteriormente, a mistura solo-cimento, ressaltando-se a dosagem e a umidade.
Procede-se da seguinte forma: preparado o traço, vira-se a mistura a seco até obter coloração uniforme; adiciona-se água até obter a umidade adequada; coloca-se a mistura nas matrizes e prensa-se; retiram-se cuidadosamente os tijolos, colocando-se empilhados até uma altura de 1,5 m, sobre uma superfície plana, à sombra; após 6 horas da fabricação e durante os sete próximos dias, molhar os tijolos através de regadores, para garantir a cura adequada.
Para garantia da energia de compactação é necessário fazer o curso completo da alavanca até que a mesma fique paralela ao chão. Isto não ocorrerá quando houver mistura em excesso na matriz ou a umidade estiver baixa. Neste caso destrua o tijolo e devolva-o ao restante da mistura.
As prensas devem estar sempre reguladas, limpas e lubrificadas, para garantir a qualidade do tijolo e a uniformização de suas dimensões.
OBS. A dosagem de solo-cimento em laboratório só se justifica quando o volume da obra for grande, caso contrário, deve-se partir de um traço econômico e verificar as condições do tijolo com relação à resistência e absorção de água.
NOTÍCIA. Casca de arroz é transformada em cimento
A casca de arroz, rejeito que até pouco tempo era um entulho para as indústrias processadoras do grão, acaba de ganhar um fim mais nobre, mesmo depois de sua aplicação na produção de energia por meio das usinas termelétricas. A sílica, resíduo que sobra da queima da casca nas caldeiras das usinas e mineral com grande teor de carbono, passa a compor um novo tipo de cimento desenvolvido por pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos.
Mesmo com aplicações possíveis em outras áreas, como farmacologia, agricultura, polímeros e tintas, os pesquisadores decidiram usar a matéria-prima na construção civil e incorporaram a sílica à composição do cimento portland, que é a mistura do clinquer com o sulfato de cálcio. Segundo o pesquisador do Laboratório, Isac José da Silva, a sílica substitui até 15% do clinquer. O clinquer, a base do cimento, é a mistura da pedra calcária com a argila queimada à temperatura máxima de 1.400º C.
O resultado foi o surgimento de concretos de alto desempenho. ´Estudamos a adição da sílica pura e de excelente qualidade no cimento e notamos que não precisava ser tão nobre. Partimos para a cinza do produto parcialmente queimado, mais fácil de se obter, com custo mais baixo e ótima propriedade para essa aplicação´, afirma o professor do Laboratório de Materiais Avançados à Base de Cimento do Departamento de Estruturas da Escola de Engenharia, Jefferson Libório.
O novo cimento permite elaborar concretos mais compactos e com poucos vazios interconectados porque é extremamente fino e reage com uma parte frágil derivada da hidratação do produto. De acordo com o pesquisador, as partículas do cimento comum permitem que o produto espalhado uniformemente cubra uma superfície de 400 metros quadrados. O novo material permite que a mesma quantidade do produto cubra uma área de 300 mil metros quadrados.
A resistência mecânica é outra vantagem apontada pelos resultados dos testes com o novo cimento. Segundo Libório, em edifícios residenciais a resistência é da ordem de 200 a 250 quilos por centímetro quadrado. O novo produto, com matérias de construção convencionais a resistência pode atingir 600 quilos por centímetro quadrado.
Fonte: Gazeta Mercantil, 06/11/2001
Torna-se
necessário tomar algumas providências, para a abertura do empreendimento, tais
como:
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretária da Receita Federal;
- Registro na Secretária da Fazenda;
- Registro na Prefeitura do Município;
- Registro no Sindicato Patronal;
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar o seu empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa (com relação a localização),e também o Alvará de Funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).
A fabricação de tijolos é normalizada segundo a ABNT, conforme a:
NBR 8492 – Determina a resistência do tijolo solo a compressão e a absorção da água.
São muitas as normas para a fabricação e testes deste produto. Para maiores informações consultar a ABNT.
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretária da Receita Federal;
- Registro na Secretária da Fazenda;
- Registro na Prefeitura do Município;
- Registro no Sindicato Patronal;
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar o seu empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa (com relação a localização),e também o Alvará de Funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).
A fabricação de tijolos é normalizada segundo a ABNT, conforme a:
NBR 8492 – Determina a resistência do tijolo solo a compressão e a absorção da água.
São muitas as normas para a fabricação e testes deste produto. Para maiores informações consultar a ABNT.
Entidades
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.
Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira - São Paulo – (SP)
05508-901
Tel. 55 (11) 3767 4002 / 3767 4126 / 3767 4456 / 3767 4744
Fornecedores de Equipamentos
Atlântica Máq Ind. e Com. de Máquinas Ltda.
Rua Bartolomeu Soares, 65 – Ponte RasaA – São Paulo – (SP)
03894-000
Tel. (11) 6141 3283 / 6142 5611 - www.atlanmaq.com.br
Permaq Máquinas Pneumáticas Ltda
Av. Sapopemba, 7218 – Sapopemba - São Paulo – (SP)
03374-001
Tel. (11) 6918 9925
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.
Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira - São Paulo – (SP)
05508-901
Tel. 55 (11) 3767 4002 / 3767 4126 / 3767 4456 / 3767 4744
Fornecedores de Equipamentos
Atlântica Máq Ind. e Com. de Máquinas Ltda.
Rua Bartolomeu Soares, 65 – Ponte RasaA – São Paulo – (SP)
03894-000
Tel. (11) 6141 3283 / 6142 5611 - www.atlanmaq.com.br
Permaq Máquinas Pneumáticas Ltda
Av. Sapopemba, 7218 – Sapopemba - São Paulo – (SP)
03374-001
Tel. (11) 6918 9925
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