Capivara
As capivaras vivem em grupos familiares que podem chegar a 20 indivíduos ou mais. Geralmente, o grupo é composto por um macho dominante, várias fêmeas adultas com filhotes e outros machos subordinados. Os machos têm uma grande glândula sebácea sobre a cabeça, que utilizam para demarcar sua dominância através do cheiro. São encontradas próximo da água, em florestas ao longo de rios e em lagoas. As capivaras alimentam-se de grama e também de vegetação aquática. Quando estão em perigo, as capivaras mergulham dentro d'água e nadam sob a superfície até escapar. São excelentes nadadoras e podem permanecer submergidas por vários minutos.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais perturbadas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos da Embrapa Pantanal indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
Fonte: www.cpap.embrapa.br
CAPIVARA
A capivara é parente próxima dos ratos, preás e coelhos, mas é o maior roedor do mundo e basta ela abrir a boca para se perceber que o animal nasceu realmente para roer.A capivara tem um jeitão de dentuça, com grandes incisivos fortes e amarelos com os quais rói seu alimento, espigas de milho e raízes, principalmente.
Como todo roedor, a fêmea tem muitos filhotes e por isso a capivara não está ameaçada, ao contrário, há tantas, que muitos fazendeiros pedem às autoridades ambientais para que sejam autorizados a matar as capivaras que invadem e estragam suas roças, mas a caça continua proibida. A resposta do Ibama é que os fazendeiros cerquem as plantações para a capivara não entrar e em alguns casos os agricultores já conseguiram que o seguro pagasse o estrago feito por elas.
Não é todo mundo que tem raiva da capivara, entretanto. Há alguns anos a criação em cativeiro desse animal foi bem estudada em universidades paulistas, e atualmente há várias criações comercias que estão tendo bastante sucesso. Nesse caso, os animais podem ter a carne e o couro comercializados.
A criação de capivaras em cativeiro, repovoamento, para carne e couro é realmente fácil. A maior exigência é a da água, usada em banhos constantes. Portanto, antes de começar a criação, é preciso construir os tanques. As capivaras gostam de água corrente. Em último caso, use outro tipo de água, mas troque-a com freqüência, pois é preciso que esteja sempre limpa. Para criar capivaras é preciso de uma autorização do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) e registro de criador para fins científicos e comerciais.
A carne de capivaras é saborosa, magra, de bom valor nutricional e de baixo custo de produção, quando comparada com outros animais. A carne tem textura semelhante a do porco e valor protéico similar ao da carne de coelho. Pode ser consumida cozida, assada, frita, defumada sob a forma de salsicha, lingüiça e charque. A carne da capivara é muito consumida na Venezuela, sendo apreciada principalmente seca ou em lingüiça.
O couro é usado para canos de botas e calçados, sendo comercializado clandestinamente na Amazônia e em Mato Grosso, apesar de ser proibido por lei. É permitido o comércio de peles de capivaras criadas em cativeiro, desde que acompanhado pelo IBDF.
O óleo da capivara é também aproveitado, sendo considerado um "santo remédio" pelos povos do interior. No Piauí por exemplo, é usado para cura da tuberculose. Em Alagoas, é ótimo em esfregão sobre o nervo ciático (as dores). Atualmente, é comercializado em boticas e lojas de ervas, sendo procurado para tratamento de pele e rejuvenescimento.
Capivara é um nome de origem tupi, que significa comedor de capim (caapii-uara). Portanto, como o próprio nome indica, a capivara é um herbívoro, por excelência, que se alimenta de capins em geral, embora aceitem raízes, milho, mandioca, cana-de-açúcar, bananas verdes e talos de bananeira, aguapé, samambaia, sal, peixes aquáticos etc. Elas utilizam melhor a forragem e os concentrados de coelhos e ovinos, pois possuem grande capacidade digestiva. O estômago digere 10% dos alimentos, o intestino delgado, 3%, o ceco, 74%, e o intestino grosso 13%.
Fonte: www.naturalsul.com.br
CAPIVARA
A capivara é cerca de seis vezes mais eficiente que o bovino na capacidade reprodutora, nas condições naturais dos campos. A ocupação territorial, bem como sua delimitação, é necessária quando se planejam criadouros para exploração extensiva ou em regime de semicativeiro.
O processo de digestão nas capivaras é muito eficiente, destacando sua alta capacidade de digerir alimentos fibrosos.
O ganho de peso está ligado à grande eficiência de conversão de alimento. Nos dez anos de experiência na criação de capivaras em cativeiro, destacam-se alta capacidade reprodutiva (até dois partos ao ano). Conclui-se que o tamanho ideal para um grupo reprodutivo, em cativeiro, é de um macho para seis fêmeas, em 30m2. Em 1977, visando correlacionar dados básicos de aproveitamento do boi e da capivara, efetuou-se no pantanal mato-grossense um trabalho de coleta de informações em condições normais de desenvolvimento da espécie.
No mesmo ano, nos Lhanoa da Venezuela, desenvolveu-se uma pesquisa com cinqüenta animais em condições naturais, com a finalidade de avaliar seu rendimento em carne
Para tanto utilizaram-se o peso da carne em canal (peso total menos cabeça, vísceras e patas) e o peso da carne seca.
Hábitos e comportamento
Na natureza as capivaras vivem em grupos ou famílias, em áreas próximas a rios, brejos e lagos. Dentro dos grupos, existe uma hierarquia muito forte onde há um macho dominante, o mesmo acontecendo com as fêmeas. A capivara é um animal de hábitos semi-aquáticos. É na água que ela defeca e urina na maior parte das vezes. Sua dieta é composta de capins, ervas e plantas aquáticas. Tem hábito de pastejo baixo, onde corta os vegetais sem arrancá-los, causando menor dano aos pastos do que os bovinos.
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